quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A tristeza de Patriota

Há 450 dias um ex-senador boliviano estava em território brasileiro, a Embaixada do Brasil. Viajou para o Mato Grosso em território brasileiro (um carro de embaixada é considerado território do país que a embaixada representa). Aonde está o erro nisto, se ele, oficialmente, não saiu do Brasil?

Se Eduardo Saboia fez o certo ou não, eu não sei. Não tenho a mais vaga ideia de até onde vai a autonomia de um diplomata - no caso, Saboia estava respondendo como embaixador na Bolívia, já que o antigo, Marcel Fortuna Biato, foi afastado por Dilma, por ordem de Evo Morales. A verdade é que Saboia devia estar de saco cheio e apreensivo por ter que segurar um pepino do tamanho da presença incômoda de Roger Pinto, e este talvez tenha sido o principal motivo de tê-lo trazido para cá, aproveitando que Patriota é um banana mesmo e que o Itamaraty está uma bagunça, um lixo coalhado de petralhas por todos os cantos.

Se Saboia agiu contra as normas, paciência, que seja punido, mas pelo menos ele teve o mérito de ser decidido e por fim a um autêntico sequestro que já durava tanto tempo e que isso sirva de atenuante na hora de julgá-lo. Agora, que dona Dilma resolva a parada com o uga-uga cocaleiro, o que já deveria ter sido feito há mais de um ano.

Aliás, calculo o tamanho da tristeza de Patriota por ter sido demitido e mandado para Nova Iorque, tão longe dessa figura tão afável de Dilma...

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