terça-feira, 6 de agosto de 2013

Tudo que vem do PT fede!

Um deputado federal ligado ao ex-ministro José Dirceu - Edson Santos (PT-RJ) - e um outro com o discurso afinado na negação da existência do mensalão - Sibá Machado (PT-AC) - deram início a uma ofensiva contra os ministros do Supremo Tribunal Federal exatamente no momento em que o tribunal se prepara para julgar os recursos do processo. Os deputados, respectivamente titular e suplente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, apresentaram requerimento de informações sobre gastos com passagens aéreas e diárias por parte dos ministros.

Detalhe: isso já foi respondido pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa.

Os parlamentares também solicitaram ao Tribunal de Contas da União que abra processo de auditoria para verificar supostas irregularidades nos gastos. O processo foi aberto e as primeiras providências da fiscalização estão em curso.

Edson Santos é do grupo de Dirceu no PT e chegou ao cargo de ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, entre 2008 e 2010, por influência de Dirceu. O parlamentar já subiu à tribuna do plenário da Câmara para defender o ex-ministro, condenado a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa no mensalão.

Sibá Machado costuma repetir o discurso de que o mensalão nunca existiu. Ele faz uma relação mais direta entre o julgamento e a ofensiva contra os ministros do STF dizendo:

“A ação penal 470 (do mensalão) está eivada de aberrações, de abuso de autoridade. E isso se reflete em outras atividades, como os gastos dos ministros com passagens aéreas. A ideia foi minha. Existe uma discussão grande sobre transparência, com tolerância zero no Executivo e no Congresso. É preciso equilibrar as forças. O chefe do Judiciário tem de ser o exemplo do exemplo, tem de ter uma postura ilibada.”

Não há nada de mais em pedir transparência ao STF. Aliás, quanto mais, melhor. Mas quando a coisa vem de dois sujeitos com rabos presos a ladrões e falcatruas, cheira a retaliação. Cheira não, fede!

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