terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sem essa de achar que Celso de Melo vai ser salvador ou traidor da pátria

Leio nos quatro cantos da internet que Celso de Mello tem o dever de impedir, com seu “voto de Minerva”, isso ou aquilo. Claro que esses apelos vêm de quem quer ver os tais embargos derrotados, já que os petralhas estão mais perdidos que cego em tiroteio: se ele desaprova, seus ladrões de estimação vão para a cadeia direto; se ele aprova, os “finalmentes” do julgamento vão para 2014, ano de eleição, o que vai prejudicar o PT e muito.

Mas eu não sou de opinião que Celso tenha o dever de incorporar Minerva e sim de votar de acordo com as suas convicções, sejam elas baseadas na opinião pública ou na sua razão. Afinal das contas, esse negócio de voto de Minerva é completamente furado, já que ele só desempata a parada por ser o último voto, o que não implica em nenhuma mudança de convicção.

Qualquer que for o voto de Celso, ele vale tanto quanto os dos outros dez ministros. Isto não é uma defesa prévia e sim uma constatação óbvia. Naturalmente, por juízo próprio, torço pela negação dos embargos e não vou poupar críticas a Celso se o resultado for outro que não seu voto contra, mas sem essa de salvador ou traidor da pátria.

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