domingo, 22 de dezembro de 2013

Câmara de cidade de Minas sem trens e sem mar aprova plano com pontos sobre transporte marítimo e ferroviário

Localizada no Norte de Minas Gerais, a cidade de Januária não tem mar, nem trem, nem petróleo e nem faz fronteira com país nenhum. Mas o Plano Plurianual de Ação Governamental do município, que traça as metas da prefeitura para os próximos quatro anos, traz pontos sobre transporte marítimo e ferroviário, além da proteção das fronteiras e fala até em exploração de petróleo. A proposta foi aprovada na Câmara Municipal, por 13 dos 15 vereadores, em primeiro turno. Já estava a ponto para ser avaliada em segundo turno, na semana passada, mas a população fez pressão pelo adiamento.

A prefeitura atribui o erro a um funcionário que teria copiado um plano de uma outra cidade e de uma portaria da União. O documento entregue à Câmara tem cerca de mil páginas. O plano do governo federal, por exemplo, tem 278.

O prefeito, Manoel Jorge de Castro (PT), diz que trataram o erro como “a expressão maior do plano, e isso é um detalhe”. E completa: “Colocaram mais farinha no ventilador do que se merecia. Foi um erro de redação.”

O problema não é nem tanto o tal “erro de redação”, que, aliás, não é nem isso e sim uma fraude, já que se trata de uma cópia, que nem o próprio prefeito - do PT - se deu ao trabalho de ler. O problema maior foi a aprovação do absurdo por 13 dos 15 vereadores, evidenciando que eles também não leram lhufas do tal “plano”.

É uma vergonha a maneira com que a coisa pública é tratada justamente por quem deveria zelar por ela. O detalhe importante é que, pelo visto, a população de Januária, que elegeu esses calhordas, tem muito mais noção de cidadania que seus representantes.

(Sobre notícia do Globo)

Um comentário:

  1. Pusilânime: característica principal do "politicanalha-braziliensis".
    Condescendência: consentir, ceder ou transigir em qualquer coisa por interesse, PROPINA!, lisonja, complacência, temor ou fraqueza

    Haja Carôço de Azeitona!

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