quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

E aí, Lula, comeu?

Alertado por um post do Anhangüera, fiz o supremo sacrifício de visitar o blog do Garotinho(bleargh!), que conta como Rosemary Noronha entrou com 25 milhões de euros em Portugal. Em se tratando de Garotinho(bleargh!), eu ponho minhas barbas de molho, mas a denúncia é grave.

Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.

Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.

Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.

A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.

A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.

Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: "Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.

Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.

Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.

3 comentários:

  1. Esta notícia já foi posta, por aí na NET, porém com "menas" riqueza de detalhes; lembro que a li, não lembro onde; saiu na mesma época que o BraZiu conheceu Rose Noronha, na época tomei por boataria. Só uma coisa não "bate bem", como sói não baterem bem as "posições" dos nossos políticos, "otoridades" e partidos - a Sopa-de-Letrinhas - ninguém, provido da Representatividade inerente aos cargos tomou providência cabível, dentro das "suas" Atribuições Legais.

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  2. São estas "coisas da nossa (minha não!) política" que me fazem crer que toda a bandidalha está filada à Sopa-de-Letrinhas.
    Abraço

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  3. Eu já conhecia a denúncia há muito tempo. Não dei maior importância por o Garotinho é... como poderia dizer... o Garotinho. Mas depois da denúncias surgiram outras notícias, que não tiveram ênfase nem repercussão, que apontam na direção de que o Garotinho não está inventando a história. A questão é por que não foi profundamente investigado?

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