terça-feira, 18 de março de 2014

“Intransparência”

Fala sério!

Rubens Naves, que divide os comentários do jornal da TV Cultura com Marco Antonio Villa, ontem me saiu com um “intransparência”. Quiuspariu! Isso é horroroso!

Mas vejam como são as coisas. Consultei o Houaiss e a palavra realmente não existe. Acontece que também procurei em “transparência” e a opção “antônimos” diz o seguinte: “intransparência, opacidade; ver tb. sinonímia de consistência”.

E agora?

6 comentários:

  1. Por um questão de lógica, a palavra "intransparência" deveria existir, mas a gramática não é baseada em lógica, mas sim em regras próprias. No dicionário do livro "1984" a lógica é utilizada para aperfeiçoar o dicionário, usam exatamente esse "princípio lógico", onde o antônimo de amor não seria ódio, mas INamor.

    O antônimo de transparência é opacidade, portanto o sinônimo de "intransparência" deve ser "inopacidade". Legal, não! Mas não vamos esquecer o "imexível", que seria tão válido quanto a "intransparência", ou seja, todo mundo entendeu o que o Magri quis dizer, mas não deixou de ser uma bobagem que virou piada.

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    1. O dicionário Aulete apresenta a palavra intransparência como sinônimo de opacidade, mas não encontrei a palavra "inopaciadade". Eu realmente gostaria de saber quem decide quais palavras devem ou não existir e quais são os critérios usados.

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  2. O meu dicionário de português que comprei na cidade do Porto em 1985 não consta a existência da palavra "intransparencia". No dicionário de português online Priberam também não consta.

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  3. Pois é. O erro é que tanto em Portugal como aqui, a maioria dos filólogos é composta de velhos gagás que já não conseguem nem mais raciocinar direito, que dirá usar a lógica e coerência. Isso sem contar que muitos dos caquéticos são extremamente politizados, tanto à esquerda quanto à direita, e costumam usar suas ideologias para determinar quais palavras e definições devem ser adotadas.

    Os lusos, por exemplo, à época do Salazar, fizeram uma verdadeira caça às bruxas com as palavras estrangeiras, como, por exemplo, chamar futebol de balípodo ou ludopédio, abajur de quebra-luz e sutiã de porta-seio.

    Já aqui, a encrenca foi da esquerda com as palavras "americanas", que representavam o imperialismo ianque. Aliás, há pouco tempo, o comunista que reza novenas, Aldo Rebelo, andou tentando emplacar uma quantidade de besteiras nesse sentido.

    Desse jeito a coisa fica difícil.

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