sábado, 22 de março de 2014

Jandira Feghali, comunista, fala em liberdade e democracia para pedir censura ao SBT

PT e censura II: PCdoB quer suspender verba estatal para o SBT por declarações de Sheherazade


Segundo o site Congresso em Foco, o PT e o PCdoB (cachorrinho de estimação do primeiro) estão tentando executar outra instância de “soft censorship” contra o SBT.  O discurso é a mesma farofa de sempre: rancor absoluto pela âncora Rachel Sheherazade por ela ter achado compreensível a reação do cidadão civil contra criminosos.

Alguns pontos da matéria são bastante pertinentes, como este abaixo:

O governo federal estuda suspender a verba publicitária que repassa à terceira maior emissora de TV do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). O caso é examinado pela equipe do ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a pedido da líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ).

Esta é a confissão do crime: ameaça de retirada de verba publicitária (dinheiro público, diga-se, de passagem, para quem não percebeu) para forçar com que emissoras de TV e jornais deixem de publicar conteúdo que os desagrade. Não há como negar mais. Oficialmente, os amigos do PT reconhecem a prática de censura, ou, ao menos, sua ameaça. O que já é uma forma de coagir a imprensa livre.

A deputada acusa a emissora de ter praticado apologia e incitação ao crime, à tortura e ao linchamento ao exibir comentários da apresentadora Rachel Sheherazade que, segundo a parlamentar, exaltavam a ação de chamados “justiceiros” no Rio de Janeiro contra um jovem de 16 anos, acusado de furto. “A Secom me deu um primeiro retorno dizendo que concorda com o conteúdo do nosso pedido e que estuda quais providências tomar”, disse Jandira Feghali ao Congresso em Foco.

Como de costume, Jandira Feghali pratica difamações e denunciações caluniosas, usando o mesmo recurso do PSOL (o que prova o alinhamento entre o PT e o PSOL). Isso não é novidade alguma. O importante é ela afirmar que o Secom (parte do aparelho petista) concordou com esse tipo de estratégia.

Em 2012, o SBT recebeu R$ 153,5 milhões em publicidade de verba publicitária do governo federal. Ficou atrás apenas da Globo (R$ 495 milhões) e da Record (R$ 174 milhões). O valor destinado à TV de Silvio Santos corresponde a 13,64% do bolo publicitário das emissoras. “Como o governo pode subsidiar um canal que tem uma editorialista que incita à violência e à justiça com as próprias mãos?”, questiona Jandira Feghali.

O que Jandira quer dizer é o seguinte: aquele que disser qualquer opinião que desagrade os criminosos violentos deve parar de receber dinheiro estatal. Alias, já passou do momento de tentarmos entender qual o motivo pelo qual apoiar os criminosos violentos é tão vital para PT, PCdoB e PSOL.

A explicação é simples até demais. O fato é que o apoio ao criminoso violento é apenas uma crença de suporte para ajudar a manter enraizada no sistema límbico profundo de uma boa parte da opinião pública a noção de que o criminoso violento é sempre uma “vítima” da sociedade. Portanto, a sociedade deve financiar inchaços estatais, que seguirão dando a promessa de “corrigir a sociedade”. Assim, a crença que leva a sustentação do apoio ao criminoso violento, criada pela esquerda, é sustentáculo para um baita de um negócio.

Em síntese: apoiar criminosos violentos ajuda a manter um grande negócio (inchar o estado). E para manter esse negócio em alta, basta usar o próprio estado inchado para promover censura contra aqueles que ataquem esse sustentáculo. Simples assim.

A líder do PCdoB na Câmara trabalha em duas frentes contra o SBT. Além do ofício enviado diretamente à Secom, no dia 20 de fevereiro, ela também apresentou um requerimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) em que pede a abertura de inquérito contra a TV e Rachel Sheherazade e o corte da verba enquanto durarem as investigações. Como mostrou o Congresso em Foco, em caso de condenação, Jandira solicita que o SBT perca até o direito à concessão pública. Caberá ao procurador-geral, Rodrigo Janot, dar andamento ou não aos pedidos.


É claro que o SBT não vai perder concessão pública. E dificilmente perderá a verba federal. Tudo iria ficar muito ridículo e acintoso. O que importa é a propaganda gerada.  Neste sentido, a principal técnica usada pelos governistas e seus aliados é o método de influência chamado “porta na cara”, onde se pede uma proposta acintosa, para que posteriormente o senso comum aceite como normal propostas de menor escala.

E falando em propaganda, até mesmo a abertura de inquérito já é uma instância da tradicional guerra de processos, onde o lançamento de um processo, por si só, já serve como propaganda para a causa. Mesmo que não dê em nada.

Em artigo publicado em 11 de fevereiro, na Folha de S. Paulo, a apresentadora diz que apenas expressou sua opinião e que não defendeu os chamados “justiceiros”. “Em meu espaço de opinião no jornal SBT Brasil, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio”, escreveu Rachel. Em nota divulgada à época, o SBT alegou que a opinião da apresentadora era de responsabilidade dela, e não da emissora.

Jandira não concorda. Para ela, como concessão pública, a TV tem total responsabilidade em relação ao que leva ao ar. “A emissora vai ter de assumir. Não estamos provocando a Rachel Sheherazade, é o SBT que está em questão. Não é uma questão dela especificamente, mas dela vinculada ao canal. A gente espera que isso sirva de parâmetro para outras TVs”, disse a deputada.

Em 2000, o SBT chegou a ficar com 20% do “bolo” publicitário do governo entre as emissoras de TV. Naquele ano, ainda na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a emissora recebeu R$ 135 milhões para divulgar ações do governo federal. Na época, era vice-líder de audiência, posto que perdeu, de lá para cá, para a Record, de Edir Macedo.

Note que Jandira disse que a ação deve “servir de parâmetro” para as outras TVs. Isto é, ela diz que nenhuma expressão de repreensão ao criminoso violento, ou até mesmo a compreensão da dura situação das vítimas do crime, será tolerada.

O recurso da extrema-esquerda é tradicional: lançar a ameaça não contra Rachel Sheherazade, mas contra o contratante dela. O intuito é tentar forçar sua demissão. Outro objetivo é lançar uma mensagem clara ao SBT, dizendo que opiniões que desagradam a extrema-esquerda não serão toleradas.

Enfim, existem vários métodos para a guerra política que defendo como úteis para a direita: a arte da guerra política, de Horowitz, a contra-estratégia gramsciana, as regras para radicais (de Saul Alinsky) e o controle de frame lakoffiano. Nada menos que um combo. Mas também uso um método pouco tradicional: o template neo-ateu. (Usar este template significa usar a mesma assertividade que autores como Richard Dawkins e Sam Harris usam contra a religião, mas agora contra a religião política, ou seja, o esquerdismo)

Por exemplo: imagine que um grupo religioso decidisse banir da televisão um comediante por este criticar a crença em Deus. Como reagiriam os neo-ateus? Será que eles ficariam apenas tristes? Se limitariam a resmungar, conformados? Será que diriam “ó ceus, ó vida, que censura ruim”? Ou será que eles denunciariam em público (e em larga escala), nos termos mais fortes possíveis, o quanto é nociva a crença do oponente por tentarem censurar o seu lado?

Com certeza, eles tentariam essa última opção, pois capitalizariam em cima da tentativa de censura do outro lado. É o momento da direita fazer exatamente o mesmo com os cães de guarda do PT. Eu não sou otimista como o Percival Puggina no vídeo abaixo, mas com certeza devemos agir nas redes sociais como um exército, nos moldes do que ele afirma. Assista: 


É imperativo criarmos uma consciência pública mostrando o quanto é abjeto o comportamento da extrema-esquerda na tentativa de censurar seus opositores apenas por nós discordarmos de ideias tão torpes quanto a apologia de criminosos. A reação à tentativa de aplicação do “soft censorship” contra o SBT deve ser tratada de forma assertiva, no mesmo nível que tratamos casos de pedofilia e crises de tomada de reféns.

Ademais, também podemos aprender com Gene Sharp. Uma das formas com que devemos tratar a situação é o lançamento de uma campanha de larga escala propondo boicote aos anunciantes do SBT caso eles cedam ao jogo governista. Se os esquerdistas querem atacar Rachel ameaçando o SBT podemos ameaçar os anunciantes do SBT caso a emissora resolva ceder às suas ameaças.

Enfim, se não formos capaz de expor eficientemente mais essa baixeza governista, eles vencerão.

10 comentários:

  1. Até aonde eu sei, o SBT é a segunda em audiência, a Record seria a quarta, só tem audiência entre "evangélicos" que não são reconhecidos como evangélicos pelos Evangélicos. A Record é pura e simplesmente a emissora que tem a audiência da baixaria, o Ratinho foi cria da Record e diminuiu a baixaria para não perder audiência, aconteceu o mesmo com outros programas.
    Agora eu pergunto, como a quarta emissora em audiência é a segunda em recebimento de verbas? Se o critério é o jornalismo (os programas de jornal televisivo), o STB é o único que tira audiência de todas as outras (nos últimos anos), nesse critério o SBT é segundo e é o único que consegue fazer frente à globo. Por que ele é terceiro em verbas?
    Verbas publicitárias devem ser distribuídas de acordo com a audiência, em cada horário correspondente, não pode ser distribuída por um índice geral sobre as emissoras. A verba publicitário do governo tem como OBRIGAÇÃO informar o cidadão, então se o programa do Ratinho é o primeiro em audiência, deve-se pagar por publicidade no horário em que ele é apresentado com mais valor do que o mesmo programa que é apresentado ao mesmo tempo, mas com audiência menor. O mesmo vale para Big Bode, digo Brother. A verba publicitária não determina o conteúdo do programa.
    Mas eu estou bebendo cerveja e vou finalizar meu comentário dizendo o seguinte: Vou Tomar Mais Uma.

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    1. Todo o processo de aplicação do meu, seu, nosso dinheiro, é (sempre foi), no mínimo nebuloso; esse papo de "transparência" é só pra enganar o trouxa que vai lá e vota na Sopa-de-Letrinhas. O critério sempre foi o "do retorno", o eterno "toma-lá-dá-cá" é o princípio que norteia as "transações" - ação entre amigos - nunca mudou

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  2. . . . sim, formamos l' Armata Brancaleoni ou o "Exercito dos Inocentes", segundo versões, vendidos como escravos em Alexandria, na Idade Média.

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    1. A alegotia é válida como "fato", até os dias atuais.

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  3. Engraçado... neste artigo específico (coisa difícil de acontecer) concordei inteiramente com o Ricardo Froes!

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    1. E até com o Milton Valdameri! (deve ser porque ele tá bebendo cerveja)...

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  4. Queria v se fosse ela,q só anda de carro e com seguranças,falar de direitos humanos é fácil,mas porq isso só acontece quando é com bandidos,eles roubam ,matam,fazem o querem e essas dep d merdas ainda querem defender

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  5. Tem um engano na materia. No video que da sua opiniao eh o jornalista Polibio Braga e nao o Percival Puggina.O polibio tem um o maior blog politico do RS. Nao eh nada assustado. Conhece muito bem a verdadeira historia da "compwetencia administrativa" da Dilma pois foi seu colega no governo do Alceu Collares.

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    1. Você tem razão. Peço desculpas. O artigo não é meu, mas mesmo assim eu deveria ter visto isso. Obrigado pela correção.

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  6. Pois é, não se pode confiar na Propaganda dos "arautos da liberdade" - eles Sempre fazem o contrário do que pregam.

    (argentp)

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