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| Você compraria um carro usado de Clésio Andrade? |
O senador - e também presidente da Confederação
Nacional dos Transportes - Clésio Andrade, do PMDB e da base do PT de
Minas Gerais, renunciou ao cargo alegando problemas de saúde. Podia pedir
licença, mas não o fez porque, como um dos envolvidos no esquema de caixa dois
ocorrido em Minas Gerais, quando da derrota de Eduardo Azeredo (PSDB), de quem
era o vice, vai deixar de ser julgado pelo STF e o processo vai voltar para a
primeira instância. Espertinho. Até aí, tudo bem, essa porcaria de sistema
judiciário permite isso. É imoral, mas não é ilegal.
A Folha hoje, em
editorial, chama isso de “Nova manobra tucana” logo no título e depois ainda
acusa o STF de estimular manobras “ao permitir o vaivém procrastinador,
encoraja enunciados segundo os quais o Judiciário não atua, no mensalão tucano,
com a mesma diligência demonstrada no esquema petista”. Mas como, manobra
tucana se o cara é do PMDB, é aliado do PT e o STF é da Justiça - notoriamente
muito mais petralha que tucana? Aonde entra o PSDB nessa história?
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