quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Motivos

Amigos, desculpem pela escassez de posts, mas é que, como se não bastasse minha ziquizira, um tio querido morreu hoje. Bicho do mato, morava com a esposa em um sítio perto de São Lourenço, sem luz ou telefone.

Figuraça, forte feito um gorila, dotado de memória de elefante, que sempre lhe proporcionou um nível cultural fantástico, mas, cuja personalidade, por ter sido sempre incompatível com a civilização, fez dos animais e das plantas seus maiores amigos. Gozado que, quis o destino que sua paixão correspondida fosse uma professora, que abandonou tudo para viver com ele no meio do mato.

Estou tentando comunicação até agora, coisa que detesto em uma situação como esta, quando nada mais depende de ninguém, mas, noblesse oblige, fazer o quê?

5 comentários:

  1. (argento) ... sinto pela sua perda, acho que seu tio e companheira fizeram a escolha certa, (argento)

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  2. Magu disse:

    Ô, Ric. Desculpe pela cobrança. Perfeitamente justificável a falta!
    "A gente" chega neste mundo com o passaporte carimbado com data de validade. Só que a página é invisível. Só a "autoridade" é que sabe...

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  3. Mais um amigo da terra que partiu. Fez uma boa escolha, animais e plantas como amigos.
    Foi um ermitão, deu-se ao luxo.
    A diversidade quando não machuca o alheio é admirável.
    Meus pêsames. Todos temos um cemitério de estimação na memória.

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  4. É isso. Obrigado a todos.

    Aliás, mais uma curiosidade: meu tio, que nasceu em uma fazenda perto de Juiz de Fora, nunca foi a um médico ou a um dentista na vida. Sem proselitismo, até porque ele morreu em função de um câncer na próstata.

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    Respostas
    1. Temos que morrer de alguma coisa.
      Alguem disse que a "vida é uma doença em estagio terminal."
      Vamos todos virar pó, excepto o Michael Jackson ...

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