quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Comédia: Eletrobrás, BNDES e Queiroz Galvão (a do Petrolão) vão construir hidrelétrica na Nicarágua

Sobre notícias do Estadão, do Blog do Coronel e do site das Centrales Hidroeléctricas de Nicaragua.

Com o que então a Eletrobrás - que acumula os prejuízos de R$ 6,9 bilhões em 2012, R$ 6,2 bilhões em 2013 e R$ 1,8 bilhão nos três primeiros semestres em 2014 (apenas em 2011 teve lucro - R$ 3,7 bilhões) - se junta ao BNDES e à Queiroz Galvão, empreiteira do Petrolão, para construir a hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua ao custo de R$ 2,8 bilhões (US$ 1,1 bilhão) e, pasmem, vão levar 30 anos para receber a bufunfa de volta, se é que de fato isso vai acontecer, é claro - remember Huguito Chavez e a Abreu Lima.

Vejam o que diz o site das Centrales Hidroeléctricas de Nicaragua (CHN):


El Proyecto Hidroeléctrico Tumarín, que será construido por Centrales Hidroeléctricas de Nicaragua (CHN) será una de las más importantes presas hidroeléctricas de Centroamérica y constituye un importante paso en el cambio de la matriz energética nicaragüense al generar un 27% de la energía consumida en el país. Es el proyecto más grande con inversión extranjera en Nicaragua, en décadas.

La Central Hidroeléctrica Tumarín tendrá 253 MW de potencia instalada, generará el promedio de 1,184 GWH de energía por año, aprovechando las aguas del río Grande de Matagalpa.

Su construcción tendrá impactos socio-económicos de alta magnitud y estratégicos para el desarrollo económico de Nicaragua y del Istmo. La inversión será de US$ 1,100 millones y disponibilizará energía limpia y renovable, aumentando la confiabilidad del sistema energético nacional.

La “Ley Especial para el Desarrollo del Proyecto Hidroeléctrico Tumarin”, Ley No. 695 fue aprobada por la Asamblea Nacional en julio del 2009 y publicada en La Gaceta, Diario Oficial No. 140 del 28 de julio del 2009. Esta ley autoriza a CHN para que ejecute y desarrolle el Proyecto Hidroeléctrico Tumarín.

Las obras serán financiada con apoyo del Banco Nacional de Desarrollo Económico Social (BNDES) de Brasil, así como del Banco Centroamericano de Integración Económica (BCIE), por medio de la estructuración de un Project Finance.

La construcción de la presa será realizada en un período de 4 años y después de los primeros 26 años de operación comercial, de acuerdo a lo que establece la Ley 695 y su reforma, la Ley 816, la planta pasará sin costo alguno al gobierno de Nicaragua, representado por ENEL. El precio de la energía de Tumarín al cabo de este periodo de concesión de 30 años podrá ser muy reducido para mayor beneficio del desarrollo futuro de la competitividad de Nicaragua.

Mas sabem quem é o gerente geral da CHN? O nome dele é Roberto Abreu de Aguiar. Sabem onde ele trabalhava antes? Na Construtora Queiroz Galvão. Não é engraçado que a Eletrobras, que tem um imenso prejuízo no Brasil, insista em fazer uma obra lá fora que só daqui 30 anos será entregue ao governo da Nicarágua, sem custos, e que abra mão de enviar um diretor brasileiro, funcionário público, para coordenar a obra, deixando tudo nas mãos de um ex-funcionário de uma das construtoras do Petrolão?

Pois é. Estou morrendo de rir de mais essa palhaçada, desse verdadeiro acinte que é aprovar uma obra dessas apesar da soma das inconveniências que saltam aos olhos.

Apesar de tudo, a Eletrobrás ontem defendeu a realização desse investimento, argumentando que o “a decisão de realizar investimentos no empreendimento Tumarín, tomada por seu Conselho de Administração (CAE), em 14 de novembro, garante a viabilidade do projeto sob o ponto de vista técnico e contratual”, e o seu presidente, José da Costa Carvalho Neto, disse na semana passada que as prisões de executivos de grandes empreiteiras na nova fase da Operação Lava Jato não deveriam prejudicar as obras da estatal, nem o plano de investimentos da empresa. Segundo ele, é preciso separar as suspeitas sobre pessoas físicas da atividade das construtoras.

Trata-se de um cretino! E as construtoras são geridas por quem? Por máquinas?

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