sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

“Adevogados” da pátria educadora do PT também levariam zero no ENEM

Deu no jornal

Erros de língua portuguesa nunca são bem recepcionados, é verdade. No entanto, quem é profissional do direito é especialmente exigente com relação a isso. E com razão: saber lidar bem com a sua língua é o pressuposto (básico) para qualquer argumentação. Todavia, devido ao ensino deficiente nas faculdades de direito, não é muito difícil localizar erros grotescos na prática forense.

Durante o julgamento de um recurso, ao se deparar com vários erros de português, a desembargadora Sirley Abreu Biondi do TJ/RJ não se omitiu:

“Insta ser salientado que os advogados que assinaram as contra-razões necessitam com urgência adquirir livros de português de modo a evitar as expressões que podem ser consideradas como injuriosas ao vernáculo”.

A peça continha erros claros de ortografia, como: “em fasse”, “não aciste razão”, “doutros julgadores” e “cliteriosamente”, devidamente sinalizados e corrigidos pela magistrada.

A desembargadora não parou por aí e prosseguiu com a lição, mas dessa vez sobre o conteúdo jurídico da peça:

“Acrescenta-se ainda que devem os causídicos adquirir também livros de direito, à medida que nas contra-razões constam ‘pedidos’ como se apelação fosse, o que não tem o menor cabimento”.

Mesmo depois de uma boa aula, os advogados não se deram muito bem: a magistrada negou provimento ao recurso.

Um comentário:

  1. (argento) ... "seinão" ... mas, o "desensino" da língua, parece-me, começou com a Industrialização do BraZiu.

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