terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Arruaceiros da turma de Sininho tumultuam julgamento e são processados

É impressionante a petulância e o descaramento desses vagabundos!

Globo

Juiz decide processar ativistas julgados por atos violentos em protestos por desacato

Seis dos réus acusados de ações violentas em manifestações fizeram protesto durante audiência no Fórum

Um dos réus na ação que apura violência em manifestações que fez saudação com punhos fechados: juiz que processo por desacato - Pedro Teixeira / Agência O Globo

RIO - Mais uma vez, uma audiência do caso dos ativistas denunciados por ações violentas em manifestações foi marcada, nesta segunda-feira, por protesto de réus e reação do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal. Logo no início da sessão, à tarde, durante a entrada na sala de audiência de Igor Mendes, Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza - que estão presos e chegaram algemados ao Fórum -, seis réus que estão em liberdade saudaram o trio de pé, com os punhos cerrados, gritando: “Não passarão!”. O juiz advertiu os manifestantes e anunciou que vai remeter ao Ministério Público um pedido para que todos respondam por desacato. São eles: Leonardo Fortine, Rafael de Barros Caruso, Shirlene Feitosa, Rebeca Martins, Igor D’Ycarahy e Felipe Proença.

 Os réus Igor Mendes, Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que estão estão presos no Rio - Pedro Teixeira / Agência O Globo

A segunda audiência de instrução e julgamento na 27ª Vara Criminal foi acompanhada por 21 dos 23 ativistas denunciados à Justiça. Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, e Karlayne Morais Pinheiro, a Moa, também réus, permanecem foragidas. O grupo responde a processo por associação criminosa.

Primeiramente, foram ouvidas as testemunhas de acusação: o delegado Alessandro Thiers e o inspetor Ulysses Carlos Pourchet, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). O depoimento de Thiers durou cerca de duas horas. Ele disse que as investigações não sofreram influência política e que, durante operações, foi recolhido material explosivo na casa de alguns ativistas, mas não citou nomes.

Já Pourchet, que coordenou as interceptações telefônicas dos acusados, citou a professora universitária Camila Jourdan, que figura entre os réus, como dona da casa que servia de ponto de encontro e oficina para a confecção de artefatos para serem usados nas manifestações, como os “ouriços” (objetos pontiagudos feitos a partir de vergalhões) e coquetéis molotov.

Segundo o inspetor, Karlayne Pinheiro era uma das responsáveis pelo lançamento dos coquetéis molotov, que eram chamados pelos ativistas de bebida pisca-pisca. Ele contou que, na casa dela, em São João de Meriti, foram apreendidas gasolina e garrafas para fazer os artefatos. A defesa de Camila argumentou que a oficina era usada para confeccionar escudos, e não explosivos.

Enquanto a audiência era realizada na 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, cerca de 30 pessoas realizavam, do lado de fora, um ato de apoio aos ativistas presos. Com alto-falantes e tambores, elas gritavam palavras de ordem em repúdio ao processo. Também distribuíam panfletos, convocando quem passava pelo local para comparecer às próximas audiências.

Grupo protesta na porta do TJ em apoio a manifestantes presos - Pedro Teixeira / Agência O Globo

- Estamos aqui para manifestar solidariedade aos manifestantes presos arbitrariamente. Eles foram detidos com o intuito de desestimular as pessoas a participarem de outras manifestações públicas - disse o estudante Flávio Gentile, de 22 anos.

A primeira audiência de instrução e julgamento dos 23 ativistas, realizada no dia 16 de dezembro do ano passado, também foi marcada por um protesto. Na chegada à sessão, os três ativistas que estão presos - Caio Silva, Fábio Raposo e Igor Mendes da Silva - exibiram as algemas e gritaram “Não passarão!”. Na mesma hora, foram saudados com as mesmas palavras por outros réus que estavam em liberdade e se encontravam no local. O juiz Flávio Itabaiana, no entanto, que presidia a audiência, logo interrompeu a gritaria:

- Vocês não estão na rua. Quem manda aqui sou eu.

Réus fazem protesto e causam tumulto durante audiência realizada na 27ª Vara Criminal - Reprodução / TV Globo

Os 23 réus foram denunciados em julho passado pelo MP por associação criminosa (com pena maior por participação de menores), dano qualificado, resistência, lesões corporais, posse de artefatos explosivos e corrupção de menores. Ainda de acordo com a denúncia apresentada pelo MP, os réus tinham a intenção até de incendiar a Câmara dos Vereadores.

Caio de Souza e Fábio Barbosa ainda respondem a outro processo, pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão durante um protesto no Centro. Já Igor Mendes está preso por ter descumprido medidas cautelares impostas pela Justiça.

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