terça-feira, 31 de março de 2015

Historiadores mazelentos

“O brasileiro não tem noção de medida. Ele perde isso em qualquer atividade a que se dedique. Inclusive a de roubar. Aqui tudo toma dimensões continentais, como o tamanho do país. O Brasil é vítima da megalomania. Se eu ainda escrevesse livros, escreveria ‘De D. Pedro I a Lula, a megalomania brasileira’.”

“[A megalomania do brasileiro] vem desde D. Pedro. Ele bolou um país desse tamanho quando já éramos tão diversificados. E o país só fez diversificar de lá pra cá, com a imigração alemã, a italiana... O primeiro ministro anterior a José Bonifácio era Conde dos Arcos. A ideia dele era fazer do Brasil cinco países menores, presididos por cinco membros da Casa Real Portuguesa. E D. Pedro chegou a se animar com a ideia. Mas aí chegou o José Bonifácio, outro megalomaníaco, e acabou com isso. D.Pedro era um maluco. Que sorte pode ter um país que consegue a independência sob a égide de um cafajeste, como D. Pedro, criado nas estrebarias, um sujeito que dava pontapé em senhora grávida (a mulher dele, D. Leolpoldina)?”

Evaldo Cabral de Mello, 79 anos, pernambucano, o mais novo imortal da ABL, diplomata aposentado e tido como um dos grandes historiadores brasileiros, evidenciando que é mais um do time de Isabel Lustosa, especialista em destacar os defeitos das nossas figuras históricas em detrimento das suas virtudes e, com isso, tentar justificar a corrupção e outras mazelas atuais.

5 comentários:

  1. (argento) ... talvez, benefício da dúvida, o autor não se tenha dado conta do quanto seu texto é Fedoso; se deu, é Mancoso ...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O "historiador" esqueceu de mencionar um outro megalomaníaco, que não é brasileiro mas que pode ser citado para mostra a megalomania do José Bonifácio. Refiro-me ao Abraham Lincoln, que desencadeou uma guerra de secessão e acabou com a confederação dos Estados Unidos, transformando aquele país na "potenciazinha" que é hoje.

    O "historiador" mencionou a ideia de transformar o Brasil em 5 países como se isso fosse uma boa ideia. Não sei onde ele estudou história, mas o Brasil não é do tamanho que é hoje por causa da "megalomania" do José Bonifácio. A província Cisplatina e a Provincia de São Pedro do Rio Grande do Sul foram consultadas sobre desejarem ou não fazer parte do Brasil. Uma escolheu a independência e se transformou no Uruguai, a outra escolher fazer parte do Brasil.

    O "historiador" parece desconhecer que a Bahia continuou sob domínio de Portugal após a independência do Brasil e foi à guerra para buscar a própria independência, conquistada no ano seguinte em 2 de julho, não teve ajuda do exército brasileiro e poderia ter se transformado em país independente, mas escolheu fazer parte do Brasil.

    Confesso que tenho dificuldade para entender uma megalomania que não lutou para ter a Bahia como parte do seu território, mesmo sendo uma das províncias mais ricas da época, que não apenas deixa, mas incentiva duas províncias decidirem se querem ou não ser independentes,

    Mais difícil é entender a megalomania do D. Pedro I, que abdicou de dois tronos. Só faltou o "historiador" dizer que Dom Pedro II era megalomaníaco por ter renunciado ao trono em vez de lutar contra a implantação da República.

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  4. Uma mulher repudiada é um perigo e Leopoldina parece que foi.
    Não é nada estranho que uma mulher cujo marido tem uma amante crie historias mirabolantes e até violentas.
    Eu acredito que a violência domestica pode ter existido, D Pedro pode ter sido um cafajeste de primeira e até de segunda, o fato de pertencer a familia real não faz das pessoas exemplos de virtudes e de glorias, no entanto não é provado.
    Como não podemos provar nada, pois não tem como, cada um escolhe a versão que quer.
    Bem, quer dizer que para o historiador o tal de Evaldo nem mesmo um português tendo tido a coragem e o amor ao Brasil renunciando um trono europeu serve para ter sido uma figura extremamente importante da nossa historia, se não a mais importante depois do Pedro Alvares Cabral.
    Acredito que foi endeusado e nem sei se ele realmente sacou da espada e bradou a Independência do Brasil do reino de Portugal, pode ser tudo "marketing" da época.
    Eu sinto respeito por ele, pelo acto corajoso e porque escolheu o que parecia ser o melhor na época, teve a opcao e a utilizou.
    Não vou ficar nada impressionada se daqui a pouco o PT mande arrastar pelas ruas a imagem dele como fizeram os biolivarianos em Caracas com a estatua do Colombo.
    O Pedro Alvares Cabral nem quero imaginar como os petistas o pintam, nem quero.

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    1. (argento) ... D Pedro !, imperador do Brasil e, em Portugal, D Pedro IV, O Libertador ...

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