quinta-feira, 23 de abril de 2015

Um psicopata conhecido

Devidamente chupado (êpa!) do Magu lá no Blog do Giulio Sanmartini, esse texto publicado na Folha sobre o livro de Adrian Furnham, “50 Ideias de Psicologia que Você Precisa Conhecer”, claramente nos remete a uma figura sobejamente conhecida. Resta a dúvida do eterno dilema da Tostines: Lula é psicopata porque é criminoso ou é criminoso porque é psicopata? Eu aposto em palpite duplo.

Os psicopatas nunca assumem responsabilidade quando são pegos. Fugir é o primeiro comportamento de um psicopata acossado, ele deixa para trás colegas, família e devedores. “A próxima reação é mentir aparentando fraqueza e sinceridade”, escreve Adrian Furnham em “50 Ideias de Psicologia que Você Precisa Conhecer”.

“Os psicopatas são, basicamente, amorais”, diz. “São capazes de elaborar desculpas e racionalizações, de modo que muitas vezes apresentam uma fachada convincente de competência e maturidade”.

Apesar de os psicopatas assassinos serem os mais famosos dentre aqueles que apresentam transtorno de personalidade antissocial, parte deles vive de golpes, mentiras, trapaças e crimes corporativos. A falta de remorso e de apreço pelos sentimentos alheios, não necessariamente o homicídio, são características da psicopatia.

O psicopata é incapaz de ser leal a qualquer pessoa além de si mesmo. A particularidade é a falta de empatia, palavra usada para descrever uma projeção mental na qual o indivíduo presume o que o outro está sentindo.

Quando são interrogados sobre justiça e moralidade, as respostas são convencionais e consideradas corretas, mas não aplicam esse conhecimento aos seus atos.

“São indiferentes a magoar, ferir, maltratar ou roubar os outros ou racionalizarem esses comportamentos”, conta Furnham. “Pode parecer que classificá-los de antissociais não passa de um grande e sério eufemismo”.

No trabalho, eles podem ser considerados produtivos e bem-sucedidos. A explicação para o sucesso estaria na tendência de adotar qualquer estratégia para vencer, como descobrir os benefícios das pessoas, explorá-las e descartá-las sem consideração por qualquer promessa feita.

Em “Ponerologia: Psicopatas no Poder”, o psiquiatra polonês Andrew Lobaczewski (1921-2007) apresenta uma pesquisa sobre a atuação dos psicopatas na política. A análise de Lobaczewski nos faz pensar que nenhum serial killer foi capaz de provocar tantos danos à sociedade quanto aqueles que podem governar uma nação.

A ideia de insano e mau surgiu no início do século 20. “Alguns acreditam que o termo ‘psicopata’ para diagnosticar ou se referir a uma pessoa é vago”. No livro, Furnham relata quais são os critérios para o diagnóstico, como irresponsabilidade, impulsividade, superficialidade e vaidade.

“Eles se comportam como se as regras e os regulamentos sociais não se aplicassem a eles”, diz. “Não têm respeito a autoridades e instituições, família e tradições”.

Os textos de “50 Ideias de Psicologia que Você Precisa Conhecer” apresentam conceitos e autores fundamentais da psicologia. Efeito placebo, inteligência emocional, QI, neuroses, inteligência artificial e dislexia são alguns dos temas abordados por Furnham.

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