terça-feira, 19 de maio de 2015

Um lorpa e o cretinismo

Muito Plasil na veia me deu forças para comentar o texto abaixo, em vermelho, extraído do site do PT.

Alberto Cantalice: O cretinismo e o ideário conservador

A história da construção do ideal de nação no Brasil foi pontificada pelos desejos e desígnios dos “eleitos”. País de privilégios arraigados desde a instituição das chamadas Capitanias Hereditárias, o Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão. A separação entre a Casa Grande e a Senzala perdura. Não à toa somos ainda detentores do nada honroso título de uma das nações com uma das maiores concentrações de rendas e riquezas do mundo.

Faz 127 anos que a escravatura foi abolida no Brasil e ainda há palermas como Cantalice que insistem em recriar cenários pré-Abolição para justificar suas próprias incompetências. Mas vamos admitir que, como diz o bovino fundamental, “separação entre a Casa Grande e a Senzala” ainda perdure mesmo, o que leva à seguinte pergunta: o que fez o PT a esse respeito nesses 13 anos de poder?

Só lembrando que a Coreia do Sul demorou apenas dez anos para se transformar de um país com US$ 100 de renda per capita e 63% de analfabetos em um Tigre Asiático.

Mas é no parágrafo abaixo que a imbecilidade absoluta de Cantalice se manifesta:

A ausência da sensação de segurança aliada à péssima percepção da maioria da população dos serviços públicos, criam o caldo de cultura que permite o reaparecimento na cena do conservadorismo e do reacionarismo, inclusive em franjas da áreas populares. Base orgânica do velho udenismo e do lacerdismo, os setores elitistas e excludentes da sociedade brasileira, mais uma vez tentam dar o tom do processo político.

Pasmem senhores! Para a múmia, o problema não é a segurança, mas sim a “ausência da sua sensação”, tanto quanto os bons serviços públicos quanto à nossa “péssima percepção” deles. Ou seja, o brasileiro é tão idiota que não reconhece a nossa fantástica segurança nem os nossos serviços públicos de primeiro mundo. Mas isso são apenas sensações que os “elitistas excludentes” incutem na cabeça do povo.

O cretinismo dos privilegiados tenta fazer crer que os males do País se resolverão ao se apear, pela via das manobras inconfessáveis, uma presidenta legitimamente eleita.

Mais uma vez Cantalice viaja em sua estupidez. Impeachment não é “manobra inconfessável”, seja lá o que isso queira significar, há sérias dúvidas sobre a legitimidade da eleição de Dilma e, acima de tudo, ninguém em sã consciência acha que a simples saída da “presidenta” é suficiente para resolver todos os males do País - para que isso ocorra, seria necessário que o PT todo largasse o osso. O impeachment ou cassação do mandato de Dilma é pedido apenas por uma questão de justiça, por responsável que é pelo sem número de irregularidades ocorridas durante seu governo.

Por isso e para fazer frente a esse estado de coisas é que o reagrupamento das forças democráticas e de esquerda em defesa das pautas progressistas é urgente e necessária. Hoje, o combate ao machismo e ao preconceito de qualquer natureza; a luta pela criminalização da homofobia e contra a precarização das relações de trabalho são alguns dos pilares que as forças democráticas devem se debruçar. A pauta conservadora e sua força devastadora quer fazer a roda da história voltar para trás. Cabe a nós, resistirmos!

E o gran finale de Cantalice é fantástico: os “pilares” da solução para o Brasil são o combate ao machismo e a criminalização da homofobia. Isso sem contar com a apropriação indébita para si e para o PT da expressão “forças democráticas”, quando praticar democracia é a última coisa que passa pelas suas cabeças.

Quem é o cretino nessa história?

Um comentário:

  1. (argento) ... não ia nem comentar a Cretinice. Se o público alvo das balas perdidas só percebe as balas, é por que não há Segurança; outra coisa, é da "senzala" que vocês tiram o "provento" pra viver na Casa grande...

    ResponderExcluir