sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cerveró revela que Lula tinha planos de construir prédio de 400 metros de altura no Rio

As torres já vêm com puxadinhos, como manda o figurino do Lula
Ruy Castro: Vontades do Faraó

O Centro do Rio tem uma região delicada, de prédios baixos e com 250 anos de história, entre a Lapa e a praça Tiradentes. Nas últimas décadas, ela tem sido estuprada por empresas públicas e particulares, com o aval das administrações. Quarteirões foram abaixo para a abertura de grandes espaços estéreis; a abominável nova Catedral humilhou e ananicou os Arcos; e desmontou-se o morro de Santo Antonio para abrir a avenida Chile e fazer dela um feudo das estatais.

Foi nela que a Petrobras plantou a sua sede, um dos edifícios mais horrendos da galáxia. Seguiram-se o do BNDES e o do extinto BNH, hoje servindo à Caixa Econômica, que ferem os olhos à distância. Exceto a Barra, nenhuma outra região do Rio lembra tanto Brasília. É a herança maldita de Le Corbusier e seus discípulos [no que concordo plenamente].

…O faraó queria uma pirâmide, que, por algum motivo, não se concretizou…

Até há pouco, com o dinheiro jorrando do petróleo e enchendo as burras do poder, faziam-se planos faraônicos para a avenida Chile. Um deles, no primeiro governo Lula, era a construção de um anexo para a Petrobras na rua do Senado, ali perto – esta, berço do barão do Rio Branco, da Banda do Corpo de Bombeiros do maestro Anacleto de Medeiros e de conspirações anarquistas.

O anexo – só agora se ficou sabendo – seria um prédio de 150 andares, com 400 m de altura (100 a mais do que o Pão de Açúcar), ao custo de alguns bilhões, a ser construído por uma empreiteira indicada por Lula. A informação é do delator Nestor Cerveró, que a teria ouvido do ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, ambos hoje residentes em Curitiba.

O faraó queria uma pirâmide, que, por algum motivo, não se concretizou. Em seu lugar, em 2013, a Petrobras inaugurou um prédio “menor”, mas, ainda assim, o maior centro empresarial do país, com 70 andares divididos em quatro torres. O faraó não se contenta com tumbas modestas.


5 comentários:

  1. Vejam o que encontrei em O Antagonista:
    http://www.oantagonista.com/posts/estado-islamico-neoliberal

    A notícia atinge duas mentalidades brasileiras, a do governo que deseja economizar gastando mais e os brilhantes formadores de opinião que dizem que o Obama deveria enviar tropas para combater o ISIS.

    Tenho motivos para considerar a queda do preço do petróleo como estratégia de guerra e não como reflexo do mercado. Uma estratégia de guerra mais eficiente e barata do que enviar tropas terrestres para lutar contra o ISIS.

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    1. Eu já havia lido. Aliás com a volta do Irã ao mercado, o petróleo deve baixar ainda mais.

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  2. Ricardo, você é arquiteto, então peço que nos informe quanto tempo levariam para construir os prédios, considerando a mesma eficiência mostrada na construção da ponte sobre o rio Guaíba.

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    1. ...E no tal memorial da anistia, prediozinho chinfrim que já tem sete anos desde que foi projetado. Sem contar com os metrôs de toda parte de Banânia. No do Rio, por exemplo, "debaixo da terra, operários avançam em média 4 metros por dia". Considerando 250 dias úteis, em um ano o metrô "avança" menos de cinco quadras.

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  3. Há mais de cem anos, um indivíduo chamado Osvaldo Cruz venceu a guerra contra o Aedes, não tinha um ministério, não tinha base aliada e não recebeu um centavo de verba.

    Agora, temos um ministro, com um montanha de privilégios que diz o seguinte:
    http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732710-ministro-da-saude-diz-que-pais-esta-perdendo-a-batalha-contra-a-dengue.shtml

    Nos única esperança é que os esquimós não invadam o país.

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