terça-feira, 21 de junho de 2016

Branco del Nero e seus anões - Sai Dunga e entra Mestre, o caga-regras

O que dizer de um sujeito que há seis meses atrás assinou um manifesto pedindo a saída de Ciro del Nero da presidência da CBF e que ontem trocou beijinhos com seu desafeto em troco de grana e prestígio?

“Vou ter que me reinventar enquanto técnico e acompanhar as situações que já teremos que enfrentar.”

Ainda que técnicos não sejam pagos para dar declarações, Tite gosta e as dá aos montes, sempre com ares professorais e didáticos, como se fosse o “ó do borogodó”. “Reinventar ‘enquanto’ técnico” já mostra sua visível preocupação com a “sofisticação” do linguajar, só que ouviu o galo cantar, mas não sabe onde. Isso me bastaria para torcer contra.

Mas não é só o Tite. Enquanto o futebol brasileiro for controlado pela CBF, um covil de economia privada que, por incrível que pareça, tem o poder de representar o Brasil oficialmente, usando sua Bandeira e seu Hino, eu vou torcer contra mais ainda. Esse poder todo da CBF é um escárnio escancarado com o povo só pela simples constatação que: tem um presidente - Ciro Del Nero - que não pode sequer botar o nariz fora do País senão vai preso e que, por sua vez, sucedeu Marin, que está preso, que sucedeu Ricardo Teixeira, que está fugindo da lei escondido em suas fazendas, que sucedeu seu ex-sogro, João Havelange, notório bandido internacional também condenado por falcatruas na FIFA.

Por melhor que seja o currículo de Tite como treinador de clubes, isso não o credencia a coisa nenhuma como técnico da seleção, principalmente pela política da CBF, que só valoriza seus cofres em vez do futebol. Do jeito que a coisa anda nem o milagreiro Guardiola daria jeito. De mais a mais ao incluir seu filho, inexperiente, como membro da comissão técnica, Tite dá mais sinais ainda que é da mesma cepa de todos os que o antecederam nos últimos anos: falta-lhe caráter.

Isso me basta. Continuo torcendo contra.


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