terça-feira, 27 de setembro de 2016

Lula, Fernando Pimentel, Antônio Palocci e Erenice Guerra movimentaram quase R$ 300 milhões entre 2008 e 2015

A "manchete" do site.
Como sempre faço quando a fonte não é confiável, fui à cata de informações sobre a veracidade de uma notícia de hoje sobre Lula ter não sei quantos milhões bloqueados em uma conta na Suíça. É claro que se isso fosse uma verdade, a Veja, o Estadão, o Globo e a IstoÉ já teriam publicado, e não apenas um site chamado “Brasil Verde Amarelo”, useiro e vezeiro em carregar nas tintas.

A busca até que foi frutífera, já que encontrei uma matéria da Época de 2015 revelando que Lula, Fernando Pimentel, Antônio Palocci e Erenice Guerra movimentaram quase R$ 300 milhões – entre 2008 e 2015 - sem que houvesse justificativa para a entrada do dinheiro.

Instituto Lula diz que dados financeiros foram “vazados criminosamente” (01/11/2015)

Após a revista Época ter afirmado que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda encontrou movimentações suspeitas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reportagem publicada neste final de semana, o Instituto Lula divulgou uma nota dizendo que os dados foram “vazados criminosamente”.

Conforme a matéria, o ex-presidente e mais três ex-ministros petistas — Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Antônio Palocci (Fazenda) e Erenice Guerra (Casa Civil) — teriam movimentado quase R$ 300 milhões nos últimos anos sem que houvesse justificativa para a entrada do dinheiro.

Em nota divulgada no sábado, o Instituto Lula afirmou que a revista Época “criminaliza os fatos” e que os dados foram “vazados criminosamente”. “Não há nada de ilegal na movimentação financeira do ex-presidente. Os recursos são oriundos de atividades profissionais, legais e legitimas de quem não ocupa nenhum cargo público”, diz a nota. No site, o instituto postou uma imagem com a capa da revista sobre um carimbo com a palavra “mentira”.

A assessoria de Pimentel informou, também em nota, que o governador “apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações mencionadas” forem disponibilizadas. “A defesa desconhece a origem e o conteúdo dos documentos, ainda mantidos sob sigilo para as partes”, diz a nota.

Os dados foram remetidos à CPI do BNDES na Câmara, que investiga irregularidades em contratos assinados com o banco entre 2003 e 2015. Os parlamentares querem saber se membros do PT receberam recursos desviados desses contratos, que concediam empréstimos subsidiados a grupos econômicos. Após a divulgação dos dados, a oposição anunciou que tentará a convocação dos petistas para um depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Lula teria movimentado R$ 52,3 milhões entre abril de 2011 e maio de 2015. Uma das movimentações que chamaram a atenção do Coaf foi a aquisição do ex-presidente, então com 69 anos, de um título de previdência privada no valor de R$ 1 milhão. Já a empresa de palestras do ex-presidente recebeu R$ 27 milhões e transferiu R$ 25,3 milhões.

As operações bancárias de Palocci são as mais vultosas e somam R$ 216 milhões entre 2008 e 2015. Segundo a Época, o relatório da Coaf comunica que o ex-ministro da Fazenda fez pelo menos 11 depósitos de valores elevados à empresa Projeto Consultoria, da qual é dono. Depois de deixar o governo Dilma, em junho de 2011, até maio de 2015, a empresa recebeu cerca de R$ 53 milhões, conforme a publicação.

Nas contas de Pimentel, atual governador de Minas, as operações financeiras alcançam R$ 3,1 milhões entre 2009 e 2014.

Já Erenice teria movimentado R$ 26,3 milhões de 2008 a 2015 em contas no nome dela e de terceiros. De acordo com a êpoca, o escritório da ex-ministra recebeu R$ 12 milhões nos últimos quatro anos. A revista cita um trecho do relatório da Coaf que menciona o repasse de R$ 209 mil a Saulo Guerra, filho de Erenice, pagos por Fábio Baracat, suspeito de corrupção e tráfico de influência em contratos com o governo.

Ao todo, o Coaf examinou as contas bancárias e as aplicações financeiras de 103 pessoas e 188 empresas, em operações que somam aproximadamente R$ 500 milhões. Segundo o documento, há indícios de irregularidades como transações financeiras incompatíveis, saques em espécie e incapacidade de comprovação da origem legal dos recursos.

As informações devem ajudar a Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público nas investigações da Lava-Jato, sobre desvios nos contratos da Petrobras, da Acrônimo, relacionada a suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção no BNDES, e da Zelotes, que apura fraudes em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).


Um comentário:

  1. (argento) ... seu voto é uma Arma apontada contra seu Futuro! - notícia "fresquinha" da Alemanha (nem tão fresquinha, nem tão divulgada em terras Tupiniquins) dá conta que o governo de lá recomenda que os cidadãos alemães façam um estoque de alimentos de, pelo menos, 10 dias - é, parece que vai faltar mortandela e tubaína aqui em Banânia ...

    ResponderExcluir