quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Ives Gandra Filho confirma de próprio punho: mulher tem que obedecer ao marido!

Eu não estava errado. Ives Gandra Filho soltou uma nota à imprensa para rebater as acusações que lhe foram feitas, só que confirmou mais ainda o que se disse sobre ele.

“Diante de notícias veiculadas pela imprensa, descontextualizando quatro parágrafos de obra jurídica de minha lavra, venho esclarecer não ter postura nem homofóbica, nem machista. Deixo claro no artigo citado, de 70 páginas, sobre direitos fundamentais, que as pessoas homossexuais devem ser respeitadas em sua orientação e ter seus direitos garantidos, ainda que não sob a modalidade de matrimônio para sua união. Por outro lado, ao tratar das relações familiares, faço referência apenas, de passagem, ao princípio da autoridade como insito a qualquer comunidade humana, com os filhos obedecendo aos pais e a mulher ao marido no âmbito familiar, calcado em obra da filósofa judia-cristã Edith Stein, morta em campos de concentração nazista.”

“O compartilhamento da autoridade sempre me pareceu evidente, tendo sido essa a que meus pais casados há 58 anos viveram e a qual são seus filhos muito gratos. Por outro lado, cabe lembrar que fui relator no Plenário do TST do processo que garantiu às mulheres o direito ao intervalo de 15 minutos antes de qualquer sobrejornada de trabalho, decisão referendada pela Suprema Corte. As demais posturas que adoto em defesa da vida e da família são comuns a católicos e evangélicos, não podendo ser desconsideradas ‘a priori’ numa sociedade democrática.”
Ives Gandra Martins Filho


6 comentários:

  1. (argento - eleitor em Greve) ... em outras palavras, impera a 'lei natural": "o mas forte submete o mais fraco", por conveniência (do mais fraco), por convencimento ou pela força ...

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  2. Prezado,

    Não confunda jurista com juiz!

    Jurista tenta explicar as leis, juiz tenta interpretá-las.

    Qualquer jurista sério, ao comentar uma Constituição tentará explicar suas leis mostrando a origem e os princípios que nortearam cada artigo, inciso ou palavra adotada. Oras, Ives Gandra Filho, como jurista, fez exatamente isso no seu livro, o que há de errado nisso?

    Ao comentar o capítulo referente as relações familiares, me parece que ele apenas tentou dizer que na nossa constituição, o princípio adotado foi o cristão-judaico, onde a família é "patriarcal", cujo o homem é o líder da família (como liderar significa comandar, logicamente seria mandar no filho e na mulher), não poderia ser de outra forma, afinal há 30 anos atrás, o entendimento normal na assembléia constituinte daquela época era exatamente isso.

    Como grande jurista que ele é, a explicação de alguma forma acabaria sendo assim, não poderia dizer que a filosofia cristã-judaica era Matriarcal ou não era nada. (Hoje, sabemos que homem casar com homem, mulher virar homem etc é "perfeitamente" aceito pela sociedade, mas não em 1988!)

    Ives Gandra ao se defender, deu explicação de um jurista confirmando o que ele escreveu, que na minha opinião, foi até honesto demais (pois a maioria das pessoas pensam que jurista é a mesma coisa que juiz).

    Mas atenção, ele jamais disse que caso fosse nomeado juiz do STF, julgaria usando esses princípios ou que continuaria um jurista, disse?

    Nota: Em relação aos juízes, ao contrário de jurista, um juiz ao interpretar as leis, ele deve julgar baseado no que está exatamente escrito, e quando necessário, nos costumes atuais. Sabemos que no Brasil, um juiz muitas vezes julga de forma diferente, ignorando completamente o que está escrito de forma clara, mas neste caso, o problema está no caráter de cada um, e nada mais.

    Enfim, Ives Gandra Filho, pela sua trajetória de vida, é um homem de caráter e honrado, e é exatamente este ponto que mais importa, se ele é cristão fervoroso, judeu, ateu, muçulmano, seja lá o que for, penso que é o detalhe menos importante da vida dele, na verdade, seria até ser preconceituoso com ele.

    Martin Luther King, em seu famoso discurso disse (não lembro exatamente), mas acho que foi assim: "Eu tenho um sonho de que as pessoas viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, religião ou raça, mas pelo teor de seu CARÁTER".

    Nota final:
    Mesmo errado, se o autor do texto não quer dar o braço a torcer e admitir que errou, bom, ai fica no caráter de cada, quem sou eu para julgá-lo.

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    1. Desculpe, Masa, mas quem confundio o quê?

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    2. Ricardo,
      Afinal, qual é a sua posição, você é a favor deste jurista ser indicado ao STF?
      Caso não, gostaria de saber o motivo.
      Nota: Na minha opinião você confundiu a posição de jurista e juiz em relação à defesa de Ives Gandra Filho para o STF.


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    3. Tá, Masa, mas só me diga onde foi que eu confundi alguma coisa se eu apenas reproduzi uma nota de Gandra à imprensa.

      E qual é o problema com a minha "posição"? Eu já falei que não me agrada um carola como juiz em qualquer circunstância.

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