sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Sou obrigado a concordar com Reinaldo Azevedo, embora não goste dele e repudie certas decisões e atitudes de Temer

O coro dos contrários juntou Jair Bolsonaro, Lula, os críticos profissionais do governo e, para a minha surpresa, uma verdadeira multidão de especialistas em intervenção federal. Nem sabia que eles existiam.

Dado o ineditismo da coisa, qual é a fonte de informação dos palpiteiros? Essa gente cotejou as suas respectivas teses com que realidade fática? Não há nada. Só mesmo o ímpeto de maldizer e a picaretagem retórica.

Até a semana passada, dizia-se que a reforma da Previdência era a cartada do presidente para tentar se viabilizar eleitoralmente. Nunca entendi por qual caminho, dada a óbvia e injustificada impopularidade da proposta.

Agora vociferam: Temer trocou a Previdência pela intervenção. Para uma mentira ao menos verossímil, forçoso seria que a reforma fosse questão de vontade. Era? Para inviabilizá-la, até Cármen Lúcia, presidente do STF, vestiu meias e chuteiras e entrou em campo, impedindo a nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho. Em nome da suposta probidade, a doutora deu uma bica na Constituição, inciso I, artigo 84, e a mandou pro mato.

O verdadeiro temor dos adversários de Temer atende pelo nome de "efeito espoleta". Dilma conheceu o dito-cujo pelo avesso. Em 31 de março de 2013, seu governo era considerado ótimo ou bom por 65% dos brasileiros (Datafolha). A economia havia crescido só 2,7% em 2011 (contra 7,5% no ano anterior), com inflação de 6,5%. Em 2012, esses índices foram de 0,9% e 5,84%, respectivamente; em 2013, de 2,3% e 5,91% --mas já com dois trimestres seguidos de PIB negativo.

O mal-estar era sentido, mas não percebido. Aí a extrema-esquerda, encarnada pelo Movimento Passe Livre, resolveu botar fogo no circo. Na primeira semana de junho, 57% ainda consideravam a gestão Dilma ótima ou boa. Na última, depois de alguns dias de protestos, o índice haveria despencado 27 pontos. O MPL perdeu o controle das ruas, que passaram a ser ocupadas por adversários do petismo.

Dilma foi reeleita, batendo na trave. O resto é história. Não caiu por causa da Lava Jato. Foi derrubada pela recessão, pelo desemprego, pela inflação, pelos juros, pelo déficit. O crime de responsabilidade foi só a condição necessária, mas nunca suficiente, para o impeachment.

Temer está no poder há 21 meses. Não tenho memória de uma gestão tão eficaz em período tão curto. A inflação saiu da casa dos 10% para menos de 3%, mas 69%, segundo o Ibope, reprovam a atuação do governo na área. A Selic desceu a ladeira: de 14,25% para 6,75%, mas estupendos 82% repudiam a política no setor. Saímos de uma recessão de 3,6% para um crescimento de ao menos 3,5% neste ano, mas 70% consideram o governo ruim ou péssimo. Os que anteviram as múltiplas ruínas no governo vão ter de renovar seu estoque de cacoetes do pessimismo profissional ou despudorado —porque a serviço de causas...

Dilma sustentava sua popularidade num paiol de pólvora. O esquerdista Passe Livre foi a espoleta que mandou pelos ares o governo de esquerda. Sempre serei grato à turma.
Temer tirou o país do buraco, mas uma espécie de "doxa de opinião" --os motivos são conhecidos-- impede que se veja a vida como ela é.

Dilma teve uma queda de popularidade de 27 pontos em três semanas. Reviravoltas acontecem em política, em especial quando aprovação ou reprovação, por motivos os mais diversos, são artificiais. O fato é que os adversários do presidente temem que a intervenção no Rio possa ser o mecanismo a despertar parte considerável dos brasileiros para a nudez crua da verdade —que, no caso, é favorável a Temer.

Isso explica a gritaria.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Rodrigo Maia mandou o ministro da Justiça calar a boca na reunião do Alvorada

Estadão

O clima esquentou nesta madrugada durante a reunião no Palácio da Alvorada em que se decidiu decretar a intervenção no Rio. Segundo relatos de mais de uma fonte, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estava muito nervoso e teria mandado Torquato calar a boca num dos momentos mais tensos da discussão dizendo que ele não teria moral para falar de segurança pública.

Procurado, Maia disse que não cometeria tamanha indelicadeza e contou sua versão. “Ele quis se meter numa conversa minha com o (Raul) Jungmann. Eu disse: – Não se mete. Você até agora não ratificou o que disse no ano passado, então deixa eu discutir aqui com o Jungmann.”

Maia se refere à declaração de Torquato que causou polêmica no ano passado de que o alto comando das polícias no Rio é sócio do crime organizado com a anuência de deputados estaduais. “Todo mundo sabe que o comando da segurança no Rio é acertado com deputado estadual e o crime organizado”, afirmou em outubro.

O governo está insatisfeito com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e fala com cada vez mais frequência em exonerá-lo do cargo. Quando assumiu a pasta, Jardim declarou que não entendia nada de segurança pública. “Minha experiência na segurança pública foi ter duas tias e eu próprio assaltados”, disse no dia da posse, em maio de 2017. O ministro é especialista em direito eleitoral.

Agora, quando o governo chegou ao extremo de ter que intervir na segurança pública do Rio, interlocutores do presidente Temer querem creditar na conta de Torquato a responsabilidade pela situação de descontrole, especialmente nas fronteiras, porta aberta para drogas e armas no País.

Um dos problemas é que a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), subordinada ao Ministério da Justiça, nos últimos anos se resumiu a Força Nacional de Segurança. Especialistas dizem que a política nacional de segurança não existe porque o órgão que era para ser de formulação perdeu esse foco e passou a ser de execução.


Íntegra do decreto de intervenção federal na segurança pública no Rio, assinado por Temer no dia 16/02/2018.

Decreta intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso X, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica decretada intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro até 31 de dezembro de 2018.
§ 1º A intervenção de que trata o caput se limita à área de segurança pública, conforme o disposto no Capítulo III do Título V da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
§ 2º O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro.
Art. 2º Fica nomeado para o cargo de Interventor o General de Exército Walter Souza Braga Netto.
Parágrafo único. O cargo de Interventor é de natureza militar.
Art. 3º As atribuições do Interventor são aquelas previstas no art. 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro necessárias às ações de segurança pública, previstas no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º O Interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção.
§ 2º O Interventor poderá requisitar, se necessário, os recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Estado do Rio de Janeiro afetos ao objeto e necessários à consecução do objetivo da intervenção.
§ 3º O Interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção.
§ 4º As atribuições previstas no art. 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro que não tiverem relação direta ou indireta com a segurança pública permanecerão sob a titularidade do Governador do Estado do Rio de Janeiro.
§ 5º O Interventor, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, exercerá o controle operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 4º Poderão ser requisitados, durante o período da intervenção, os bens, serviços e servidores afetos às áreas da Secretaria de Estado de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, para emprego nas ações de segurança pública determinadas pelo Interventor.
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, de de 2018; 197º da Independência e 130º da República.


Produtividade deixa Brasil em 50º lugar entre 68 países

O Globo

Levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do O GLOBO mostra que o Brasil continua na lanterna da produtividade do trabalho. Segundo o estudo, um empregado brasileiro gera, em média, US$ 16,80 (ou R$ 54,09) por hora trabalhada, o que o coloca na 50ª posição dentre uma lista que inclui 68 países. Na Alemanha, por exemplo, país modelo em produtividade e o quinto do ranking, os empregados são quase quatro vezes mais produtivos do que os brasileiros (produzem US$ 64,40 por hora), e trabalham, em média, 340 horas menos por ano que o trabalhador no Brasil.

Para especialistas, a baixa qualificação da mão de obra brasileira, a falta de investimento em inovação, o perfil do setor produtivo, que concentra a maior parte da mão de obra em setores mais informais — como comércio e serviços — e a economia ainda bastante fechada à concorrência estrangeira não só explicam esse desempenho ruim como anulam as perspectivas de melhora a curto e médio prazos.

— O grau de qualificação da mão de obra, a capacidade de inovar e de difundir novas técnicas são fundamentais para a produtividade do trabalho crescer. A jornada de trabalho é consequência disso. Trabalhadores de países com maior produtividade geralmente têm um padrão de vida melhor, são mais qualificados e têm maiores salários, e, por isso, não veem necessidade de ter mais de um emprego ou uma jornada tão extensa — analisa Tiago Barreira, pesquisador do Ibre/FGV e um dos autores do estudo.

É o caso, por exemplo, da Noruega, primeira do ranking, com produtividade de US$ 102,80 por hora trabalhada e uma jornada de 1.427 horas anuais, e a Holanda, terceira da lista, onde os trabalhadores têm uma jornada de 1.419 horas por ano e geram US$ 65,50 a cada hora trabalhada. Para fazer o levantamento, ele dividiu o Produto Interno Bruto (PIB) pela média de horas trabalhadas por ano pela população empregada de cada país. Foram usados os dados mais recentes disponíveis dos 68 países, referentes a 2014, do instituto americano Penn World Table, especialista no tema.

— Mesmo quando pegamos dados de outras pesquisas, como da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Brasil não vai bem há três décadas, e as perspectivas para o futuro não são nada favoráveis. Países como Taiwan e Coreia do Sul, que nos anos 1980 tinham uma produtividade muito inferior, passaram à nossa frente e a tendência é que essa defasagem aumente. Isso já se reflete em baixo nível de renda para a população, menor capacidade de concorrência no cenário externo e deterioração da balança comercial brasileira — avalia Claudio Dedecca, economista da Unicamp.

No ranking da FGV, Taiwan está 29 posições à frente do Brasil, e a Coreia, 15. Entre os países da região, a Argentina está em 42º lugar, com produtividade de US$ 26,80 por hora trabalhada. Segundo Dedecca, o desempenho acima da média da Alemanha, por exemplo, decorre de políticas públicas em vigor desde o século XIX focadas na formação da mão de obra e nos constantes aprimoramentos das relações de trabalho.

— Na contramão, no Brasil temos um ambiente de trabalho ruim e uma péssima relação entre sindicatos de trabalhadores e patrões. Perdeu-se a oportunidade de fazer uma reforma trabalhista focada no aumento de produtividade. Em vez disso, optou-se por criar condições para reduzir os custos com o trabalhador. Há no Brasil uma postura lamentável do governo, dos trabalhadores e dos empresários de só querer ganhar a curto prazo — critica Dedecca.


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A canalhice explícita de Fachin

O que é isso? Advogados de réu condenado se reunirem com ministro do STF para detalhar Habeas Corpus em favor de seu cliente e que o ministro vai julgar depois? Mas o que é isso? Onde estamos?

Reforçada por Sepúlveda, a defesa de Lula acha que desta vez ele não será preso

José Carlos Werneck

Os advogados do ex-presidente Lula se reuniram, na manhã de hoje, no Supremo Tribunal Federal com o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Tribunal. A reunião, que contou com a presença do novo advogado contratado por Lula, o ex-presidente do STF Sepúlveda Pertence, objetivou detalhar os pontos do habeas corpus protocolado na Corte para impedir a prisão do petista após esgotados os recursos que serão apreciados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no processo do triplex de Guarujá,no qual o líder petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão.

Segundo o advogado Cristiano Zanin, que integra a defesa de Lula o “próximo passo” será aguardar a decisão de Fachin, que não deu prazo para se manifestar. Zanin destacou e fez elogios a entrada de Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF , na equipe de defensores do petista. “É um grande nome do Direito que com certeza vai contribuir com a defesa”, enfatizou.


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

SpaceX recupera dois dos três propulsores do foguete Falcon Heavy - Vídeo da aterrissagem

O lançamento do foguete Falcon Heavy aconteceu exatamente como manda o figurino no começo da noite desta terça (6), e o primeiro carro a ir ao espaço já está em sua jornada interplanetária.
Se a notícia soa estranha, é porque nada parece mesmo muito normal quando o assunto é a SpaceX, empresa que está revolucionando a indústria de foguetes.
Quem esteve em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), para ver o lançamento testemunhou algo que há muito não se via e, de quebra, algumas coisas que nunca antes se viu antes na história.
O evento foi visto por milhões de pessoas na internet e derrubou o site da empresa. No YouTube, a transmissão ao vivo foi que teve a segunda maior audiência da história, ficando atrás apenas do salto (literalmente) estratosférico que Felix Baumgartner deu em 2012.
O palco principal foi a plataforma 39A, do Centro Espacial Kennedy, da Nasa, a agência espacial dos EUA. De lá, desde 1973 não subia um lançador com capacidade comparável à do Falcon Heavy.
O único a batê-lo em poder de inserção orbital em toda a história do programa espacial americano foi o Saturn V, que levou o homem à Lua nos anos 1960 e 1970.
Uma diferença fundamental separa os dois lançadores, contudo: enquanto o venerável foguete projetado por Wernher von Braun para bater os soviéticos na corrida espacial do século passado foi financiado por um brutal aporte de recursos governamentais — a Nasa então consumia cerca de 5% de todo o orçamento federal-, o Falcon Heavy foi desenvolvido pela SpaceX com dinheiro privado, e seu custo é uma fração do que consumia seu predecessor.
A diferença poderia ser um sinal dos tempos, mas não é só a evolução tecnológica que explica a mudança. Atualmente, a mesma Nasa desenvolve um foguete de alta capacidade similar ao Saturn V, o SLS, e seu custo estimado é de cinco a dez vezes maior que o do Falcon Heavy.
Enquanto um lançamento do novo foguete da SpaceX pode sair por US$ 90 milhões (custo mínimo), um SLS (ainda sem preço definido) está mais perto de US$ 1 bilhão.
Essa é a medida do quanto a SpaceX está mudando a noção do custo de acesso ao espaço e incomodando a concorrência, nos EUA e fora dele. De onde vem a diferença? A palavra-chave é inovação, e é o que explica os eventos testemunhados nesta terça na Flórida.
O Falcon Heavy tem três propulsores no primeiro estágio e um no segundo. Todos são baseados nos sistemas desenvolvidos para o Falcon 9, o foguete “velho de guerra” da SpaceX. Na verdade, a melhor definição para o primeiro estágio dele seria a de três primeiros estágios do Falcon 9 amarrados.
Pois bem, esses propulsores não só sobem ao espaço com uma potência incrível como retornam e pousam suavemente após cumprirem sua missão.
Com isso, podem ser reutilizados, algo que inverte completamente a lógica de como transporte espacial tem sido feito até hoje, e o aproxima mais de outras modalidades de transporte criadas pelo ser humano. Ninguém joga fora um helicóptero depois de um único voo. O mesmo se aplica a um avião. Por que jogariam fora um foguete após um único voo?
Musk estava determinado a provar que era possível recuperar as partes do lançador descartadas durante a subida e reutilizá-las. Isso está mais que provado a essa altura. Por sinal, os dois propulsores laterais do Falcon Heavy vieram de missões anteriores do Falcon 9. Fizeram duas viagens ao espaço, portanto, a segunda nesta terça. E pousaram suavemente, ao mesmo tempo, em plataformas em solo. Feito inédito.
Veja o vídeo:

O propulsor central do primeiro estágio desceria em uma balsa no oceano, mas não conseguiu pousar conforme o esperado e acabou perdido.
De toda forma, o segundo estágio já confirmou os dois disparos necessários para colocar numa órbita alta ao redor da Terra. Uma terceira queima, marcada para a 1h de quarta-feira, colocaria o carro Tesla Roadster de Elon Musk e um boneco chamado Starman, em homenagem à música de David Bowie, a caminho de uma trajetória interplanetária na direção da órbita de Marte.
Depois do lançamento, a SpaceX ficou transmitindo imagens ao vivo pelo YouTube do veículo cor cereja girando pacificamente ao redor da Terra. A transmissão, porém, foi encerrada de forma inesperada após 4 horas e 40 minutos. Pelo Twitter, Musk disse que a rota do carro se alterou e que, em vez de Marte, ele ruma agora para um cinturão de asteroides.

Noites no sítio eram uma tortura para Lula…

Ruy Castro

Depois de argumentar que Lula não poderia ser o proprietário do famoso tríplex no Guarujá por nunca ter dormido nele, sua defesa se prepara para provar que Lula também não poderia ser o proprietário do não menos célebre sítio em Atibaia justamente por ter dormido nele e o desaprovado.

Na verdade, Lula precisou dormir no sítio por 111 noites em quatro anos para ter certeza de que não era o que ele queria. Os marrecos fazendo qüem-qüem sob a sua janela ele era obrigado a aturar, por serem uma exigência de dona Marisa. Mas junte a cacofonia de sapos, grilos e cigarras azucrinando-o dia e noite e as picadas de pernilongos, pulgas e carrapatos e qualquer juiz deduzirá que a vida agrária, campestre e pastoril não é para um animal urbano como Lula. Para piorar, nada de muito emocionante acontece num sítio, exceto talvez a inauguração de um alambique ou o abate de uma leitoa.

Quer saber? Lula sempre teve a maior antipatia pelo tal sítio, e com razão. Quando Marisa povoou o lago com os pedalinhos em forma de cisne, ele achou aquilo de uma cafonice atroz. E para quê aquela cozinha faraônica que ela não parava de reformar? Já não bastava a churrasqueira ser maior do que duas ou três unidades do Minha Casa, Minha Vida? O pesqueiro que ele mandou construir também nunca deu peixe. Uma jararaca mordeu seu cachorro. E sua fabulosa adega vivia sendo saqueada por gente que não respeitava o fato de ele ter levado 50 anos para degustar sua primeira garrafa de Romanée-Conti.

E não lhe falem da torre gentilmente instalada pela Oi para ele poder conectar-se. O sinal caía a toda hora, bem no melhor das conversas com os companheiros Delcídio, Cunha, Renan, Sarney ou Sérgio Cabral. Quem ia querer uma tranqueira como aquele sítio?

Esse sítio roubou a Lula muitas noites de sono, isso, sim.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A inducassão é a eranssa do PT


Não precisava nem assinar UJS (União da Juventude Socialista). Os disparates já são uma assinatura da esquerda.

Terra entrou em mini-era glacial, mas IPCC ainda discute o furado Acordo de Paris

Luís Dufaur

A Terra ingressou numa mini-era de gelo que poderá durar entre 60 e 80 anos e diminuirá a temperatura global em 0,2º C, segundo relatório do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM).

O investigador Víctor Manuel Velasco explicou que o fenômeno é causado pela diminuição da atividade solar, que vem sendo registrada há anos. Velasco estudou os períodos glaciares e interglaciares da Terra e a variabilidade solar. Os resultados apoiam uma teoria que poderá quantificar a diminuição da atividade solar e seu impacto na Terra.

“Hipótese alguma sobre mudança climática consegue explicar por que acontecem esses períodos”, esclareceu ele.

Para o cientista, a diminuição da temperatura global é devida a “um ciclo natural da natureza” já verificado em outros séculos com lapsos de 120 anos e que depende exclusivamente do sol.

Já em 2010 partes do planeta entraram nessa “mini” era de gelo e “as ondas de neve históricas que estão acontecendo no mundo são mostra disso”, acrescentou.

Por exemplo, no século VI houve um mínimo de atividade solar conhecida como “mínimo medieval”.

Posteriormente veio o “período quente medieval”, seguido de mais uma mini era de gelo no Ancien Regime e um novo período quente que se prolongou até o fim do século XX.

O fenômeno, aliás, é bem conhecido pelos cientistas sérios. Porém, como fere o mito do “aquecimento global” a mídia e os ativistas alarmistas menosprezavam-no aduzindo ser invenção de “céticos” pagos pelas multinacionais.

O fracasso da última conferência do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), COP-23 realizada em Bonn, para a aplicação do acordo de Paris atingido de morte pela saída dos EUA, tornou mais fácil que informações importantes como as fornecidas, aliás há tempos, pela UNAM, cheguem ao grande público.


sábado, 3 de fevereiro de 2018

Menções a Lula caem 41% na internet depois de segunda instância

Uma semana após o julgamento do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF-4), o volume de menções ao petista caiu 41% nas redes sociais, segundo um levantamento realizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo foi feito com exclusividade para o Estadão/Broadcast.

De acordo com o levantamento, ao mesmo tempo a discussão sobre os possíveis “herdeiros” de votos caso o petista fique fora da disputa presidencial em outubro cresceu.

“Tanto na esquerda (para além de Lula) quanto na direita (para além do deputado Jair Bolsonaro), o cenário é marcado, mais do que nunca, pela fragmentação e pela disputa sobre quem pode se descolar dos demais”, afirmou a Dapp.

Conforme a avaliação, no debate sobre o possível herdeiro dos votos de Lula, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) foi quem mais apareceu, em comparação à ex-ministra Marina Silva (Rede), ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e à deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), todos eles presidenciáveis.

A pesquisa mostrou ainda que o engajamento em relação aos candidatos nas redes sociais caminhou para uma reacomodação aos níveis anteriores ao do julgamento de Lula, em 24 de janeiro, mas houve um reaquecimento do debate político.

Nesse sentido, houve ainda um aumento de menções ao apresentador de TV e empresário Luciano Huck, que retomou níveis parecidos aos registrados antes do anúncio de sua “desistência” de disputar a Presidência, em novembro do ano passado. Huck registrou nesta quarta-feira, 31, o mesmo volume de menções no Twitter do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Marina e Ciro.

Em números, Lula registrou uma média diária de 165.748 menções no Twitter nesta semana, patamar bem mais modesto que o registrado no dia do julgamento, quanto teve 1,21 milhão de menções na rede social. Bem atrás do petista, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) contabilizou média de 50.528 menções nesta semana. Alckmin e Ciro foram mencionados em uma média de, respectivamente, 3.489 e 3.016 postagens. Já as médias de Marina Silva e Huck ficaram em 1.708 e 1.819 por dia, respectivamente.

“Nenhum ator político apresenta, ainda que de forma remota, potencial de crescimento para se igualar a Lula ou a Bolsonaro como protagonista nas redes, seja como porta-voz de determinadas agendas (como economia ou educação), seja como personagem associado à corrida eleitoral de outubro”, afirma o estudo da Dapp/FGV.

Também no Facebook, Lula e Bolsonaro lideram com folga as menções dos usuários. O petista figurou com uma média de 111.388 postagens por dia, enquanto o deputado foi citado em 94.717 delas.
O levantamento da Dapp apontou que a febre amarela foi o principal assunto dentro do campo de políticas públicas no Twitter, com 567,7 mil citações na rede social desde o início de janeiro. O volume de postagens variou ao longo do período, com o pico coincidindo com a discussão em relação à participação de macacos na dispersão da doença pelo País.

Apesar disso, poucos os usuários associaram a doença a políticos: o presidente Michel Temer foi citado em 1,6 mil postagens ligadas à doença, enquanto Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tiveram 680 vezes e 470 menções, respectivamente. 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Além dos criminosos, adivinhem quem ganha com a suspensão da segunda instância?

Kakay vai ao STF para suspender prisão em 2ª instância

Veja

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de liminar no processo que pode rever a autorização de prisão após condenação em segunda instância. O defensor, que atua em favor de diversos políticos em Brasília, pede ao relator da ação, o ministro Marco Aurélio Mello, que suspenda a aplicação do atual entendimento até que o STF volte a se pronunciar sobre o assunto.

Representando o Instituto de Garantias Penais (IGP), organização que reúne advogados criminalistas, Kakay solicita que seja conferido efeito suspensivo a todos os recursos especiais criminais apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Assim, réus que estejam contestando decisões em segunda instância no STJ não poderiam ser presos. O IGP consta no processo como amicus curiae (“amigo da corte”, em latim), uma entidade com interesse legitimado na ação.

O advogado argumenta que uma das duas ações que pedem a proibição da prisão em segunda instância, a movida pelo Partido Ecológico Nacional (PEN), coloca como alternativa constitucional a hipótese intermediária de que réus só sejam presos após a condenação na 3ª instância, o STJ.

Kakay também alega que, em decisões monocráticas, os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski já julgaram casos de forma diversa, o que indica possibilidade concreta de alteração do entendimento atual.

Uma mudança na atual autorização para execução de pena teria impacto significativo sobre a situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o petista pode ser preso nas próximas semanas caso o recurso que apresentará ao tribunal, o embargo de declaração, seja rejeitado. Se o ministro Marco Aurélio decidir aceitar o pedido do advogado, bastaria a Lula recorrer ao STJ para que ficasse livre até o julgamento na Corte, o que se arrastaria por meses.

Em nota divulgada à imprensa, o advogado buscou rejeitar, no entanto, a relação entre o seu pedido e as investigações da Operação Lava Jato. “Repito o que tenho dito, está questão não tem e nunca teve nenhuma relação com a Lava Jato. Querer fazer essa ligação é desmerecer a seriedade de uma decisão que irá definir a vida de milhares de pessoas. Os cidadãos condenados continuam sendo sujeito de direitos”, escreveu.

O advogado também explicou que tomou a decisão de entrar com a reiteração de parte da liminar do PEN por considerar que o caso deva ter “prioridade absoluta”. “Um assunto dessa importância, que tem impacto direto sobre a liberdade de milhares de pessoas, não pode ficar à mercê de qualquer outro critério que não seja a prioridade absoluta da definição imediata da nossa Corte Suprema sobre a liberdade”, escreveu.


A eranssa que o PT nos deichou na inducassão


Gigi girls


As feminazis conseguiram acabar com as “grid girls”, aquelas meninas que ficam segurando guarda-chuvas (ou guarda-sóis, conforme a ocasião) nos momentos que antecedem as largadas da Fórmula Um, mas eu duvido que consigam acabar com a “gilmar girl” que impede a suprema carequinha de Gilmar Mendes de ser umedecida.

Toma vergonha Gigi!


Salafrários do PT continuam sem vergonha nas fuças

Wadih Damous, deputado federal pelo PT, não tem a menor vergonha nas fuças. Vejam o que ele escreveu no Twitter e confrontem com a realidade: ele mesmo é beneficiário do auxílio moradia através de verba facultada aos parlamentares não contemplados com imóvel funcional de até R$ 4.253,00 por mês, conforme Ato da Mesa nº 3, de 25/02/2015. Em espécie.


Salafrário!